Sobre o Congresso foi elaborado mais um Boletim Informativo Especial.
Oferece uma viagem dia a dia pelos acontecimentos, conferências, oficina de formação , jantares quer do Congresso, quer da celebração dos 34 anos da Associação, visitas noturnas e diurnas de descoberta da cidade de Évora, da viagem a Alqueva...
Retrata a importância da formação e dos professores nela envolvidos e que aqui continuam a revelar os elos que este blogue pretende desenvolver e firmar.
Vejam a versão online deste boletim e façam os vossos comentários:
http://issuu.com/assprofessores/docs/boletim_assp_194
Apesar de férias muito merecidas, é bom poder contar com este espaço para partilhar ideias, sonhos, projectos, opiniões, reflexões descontraidas ...
Bom descanso.e até sempre.
quarta-feira, 22 de julho de 2015
quarta-feira, 1 de julho de 2015
domingo, 28 de junho de 2015
Gostei muito de ouvir os vários oradores, sobretudo pela
diversidade de pontos de vista.
A Professora Mariana Valente apresentou o seu
ponto de vista, mas foi pena não ter concretizado
com exemplos práticos, pois eu «desconfio» um
pouco da utilização das TIC em sala de aula, penso que há outras práticas que
têm de ser realizada paralelamente. Assim,
vou expor o meu ponto de vista:
Vivemos
na época das novas tecnologias: computadores, internet, blogs, facebook,
youtube, ciberespaço, etc., em que a tónica é posta no ver ou telever, como diz
Giovanni Sartori, mais, este telever
ocupa a maior parte do tempo dos jovens, mesmo antes de saberem ler e escrever.
Na minha opinião, esta prática impede o desenvolvimento do pensamento simbólico,
e o que torna o Homo Sapiens único é a sua capacidade simbólica, vivemos num
universo simbólico - língua, arte, mito, etc., são alguns dos fios dessa teia
simbólica. O homem simbólico constrói-se com a linguagem e pela linguagem. A
linguagem é um instrumento de comunicação e também do pensar, podemos pensar
sem ver.
Na verdade, é cada vez mais difícil pôr os alunos a escrever,
pois eles preferem o virtual; então há que
apetrecharmo-nos com novas estratégias, de outro modo, arriscamo-nos a
educar seres incapazes de entrar no mundo intelligibilis e este facto terá
consequências trágicas.
As civilizações desenvolveram-se com a escrita, assim o Homem
multiplicou o seu saber. Actualmente, assistimos a uma certa regressão que não
podemos aceitar, temos de resistir, pois acredito que sem a escrita os jovens
tornar-se-ão adultos mais pobres culturalmente. Quando eles vêem o mar, o que é
importante, apenas vêem a parte visível, é preciso conhecer o invisível, aquilo
que não é percebido imediatamente. É preciso conhecer conceitos como a
composição do mar, saber expressar as sensações, os sentimentos que ele
desperta, etc. e o que eles vêem na internet não é o mundo é uma representação
dele.
Intervir na escrita é muito mais do que ensinar a escrever.
Um bom desempenho influencia não só o percurso escolar mas também a auto-estima
e a vida profissional. Então, é necessário motivar, é necessário que o
professor consiga que o aluno acredite que é capaz e que ele não tenha medo do
erro; mais, é fulcral que ele perceba que pode aprender com o erro, para isso
tem de existir avaliação que o faça progredir, que se confronte com um antes e
um depois. Aprende-se fazendo, corrigindo
e refazendo. Além disso, a produção de um texto implica reflexão e
esforço, não basta clicar.
Maria Carrilho
terça-feira, 23 de junho de 2015
domingo, 21 de junho de 2015
“NÓS
PROFESSORES HABITAR O FUTURO”
Estaremos preparados para
habitar o futuro? Estaremos em fase de preparação para o habitar com dignidade?
E o futuro … terá tempo para esperar por nós?
O conjunto de conferências a
que assisti no congresso ASSP 2015 deixou-me uma panóplia de questões, mas,
felizmente, não me entregou a bandeja das respostas, permitindo-me continuar a
exercitar o questionamento e a problematização.
Salvaguardando com muito
respeito todas as reais situações, não posso deixar de considerar que os
reconhecidos peritos da saúde, com a nossa profunda conivência e até “exigência”,
têm conseguido espalhar a ideia de que a vida é claramente composta por três
grandes etapas, estando cada uma delas assombrada por uma grave doença. Senão,
vejamos:
- Parece evidente que a hiperatividade identifica a primeira fase da nossa vida, a nossa infância. Esta hiperatividade, na maioria dos casos, também conhecida, por muitos de nós, como falta de educação, rapidamente se soluciona, entregando os meninos a exímios educadores como os “rubifen”.
- Eis que rapidamente, direi mesmo, “hiperativamente”, chegamos à adolescência e adultícia, e, claro, a saúde parece continuar a faltar e a fase da depressão instala-se, arrastando consigo o uso e abuso dos ansiolíticos, como se de pequenas gomas se tratasse, pelo que os “prozac” teimam em fazer das normais tristezas da vida profundas depressões.
- Como aguentar o pesado fardo destas duas primeiras fases da nossa vida? Mais vale esquecer! Para tudo apagar, os “memantina” tornam-se a “prova provada” de que envelhecer (3ª fase da vida) é sempre na companhia do velho e fiel companheiro … Alzheimer.
Afinal, como habitar o
futuro se nos confirmam constantemente que estamos condenados a estar doentes?
A terapêutica não se constitui como a confirmação das nossas insuportáveis
debilidades?
Será que podíamos substituir
“os rubifen, os prozac e os memantina” por uma outra terapêutica? Que tal a
terapêutica dos “três C”? Receitar a Curiosidade, a Criatividade e a Coragem do
laboratório Miguel Aubouy não poderá ser uma excelente alternativa?
Penso que travar o avanço das
três grandes patologias apresentadas implica combinar o fármaco Curiosidade com
o fármaco Criatividade, que jamais seriam eficazes se uma boa dose de Coragem
não marcasse presença!
A Curiosidade contém
componentes fundamentais que estimulam a “indisciplina” positiva que se traduz
numa procura constante de um querer saber mais e mais, bem como numa atitude de
“douta” ignorância.
A criatividade, como refere
Miguel Aubouy, distancia-nos da máquina, constituindo-se como o motor da
evolução.
E a coragem? A sociedade e a
escola terão apostado efetivamente na imprescindível coragem? Não serão a
tenacidade e a resiliência valores nos quais vale a pena investir muito mais?
Habituados a ter tudo aqui e
agora, os nossos jovens parecem frequentemente desistir ao primeiro obstáculo.
Rapidamente se cansam, rapidamente se aborrecem, rapidamente desistem … e tudo se
deita fora. Mais uma vez a tónica do descartável está presente … usar e deitar
fora.
Estarão os nossos jovens
preparados para superar o fracasso e a frustração? Ou ”o não vale a pena” e “o
imediato não sou capaz” invadem-lhes a mente e os comportamentos?
Afinal, como poderá esta
geração, supostamente doente, habitar o futuro? Será que o futuro tem tempo
para esperar pela nossa recuperação?
A persistência numa educação
social e escolar baseada nos três” C”, tão bem clarificados por Miguel Aubouy,
é, para mim, imprescindível a uma escola e a uma sociedade saudáveis que com
muita dignidade habitarão o futuro e pelas quais este sentirá, com orgulho, que
valeu a pena esperar.
GRITEMOS, pois, o
espetacular “Try again, fail again, fail better” de Samuel Beckett.
segunda-feira, 15 de junho de 2015
Olá colegas,
Depois de uma tentativa falhada,
aqui deixo uma breve mensagem. Após dias de muito trabalho, tenho agora algum
tempo para reflectir sobre o nosso Encontro, promovido pela ASSP.
Em primeiro lugar e ao lembrar-me
da letra C, gostaria de recordar o carinho com que a ASSP nos acolheu. Foi
fantástico e reconfortante a possibilidade que nos deu para podermos partilhar
experiencias e vivencias diversas da nossa profissão.
Não posso também deixar de
manifestar o meu agrado relativo às comunicações, principalmente, dos
Professores José Barata Moura, Júlio Pedrosa e Onésimo Almeida. Todas elas, com
estilos tão particulares e próprios, me fizeram reflectir sobre Educação/ Ser
Aluno/ Ser Professor, três pilares que, na minha opinião, devem ter um
entendimento mútuo.
Destaco ainda a vídeo-conferência
surpreendente de encorajamento que me transportou para um futuro que deve ser
encarado com coragem, confiança e energia positiva.
Por fim, só me ocorre a palavra
saudade: de momentos de partilha, de alegria, boa disposição e boa energia. Por
tudo isto, expresso o meu agradecimento à ASSP e a todos os colegas com quem
partilhei bons momentos nesta fase final de muita agitação profissional.
O meu bem-haja
Manuela Venâncio
domingo, 14 de junho de 2015
Mais vale tarde do que nunca!
Boa tarde Colegas!
Após o terminus do ano letivo e do trabalho inerente à supervisão/classificação das provas finais de Matemática do 2º ciclo, eis que tenho algum tempo para participar na conversa com todos vós. Não, não e não por preguicite mas somente por não ter tido disponibilidade para partilhar em algo que merece uma reflexão e alguma análise. Informo que pelo meio também participei num congresso em Peniche, no âmbito das Ciências Naturais, tendo usufruído de um passeio de um dia na ilha das Berlengas, com a consequente observação da fauna e flora desta. Também para esta formação precisei de elaborar um relatório. Pois bem, apresentadas as desculpas está na hora de começar.
De tudo o que me foi dado ouvir nos três dias do congresso, saliento duas intervenções que me fizeram refletir sobre a "Escola e o modo de Ensinar versus Educar", pois como profissional da educação não consigo dissociar o Ensino e a Educação A primeira diz respeito à conferência proferida pela Professora Mariana Valente sobre "Rede de Saber Modos de Ser", na qual foi dado relevo à Pedagogia Invertida e ao Conetivismo. Defendeu a nossa colega, por um lado que as aulas devem passar a ser inventivas, imaginativas e o professor deve colocar as suas competências disponíveis para quem as quer utilizar e por outro lado a nova teoria da aprendizagem deve estar toda virada para a era digital. Gostei muito de a ouvir e ainda bem que abordou esta temática, pois nunca é tarde para aprender. Mas ai!, como eu estou velha e já com dificuldade em acompanhar a ideia de que todo o trabalho que atualmente desenvolvo em sala de aula passa para casa e o de casa para a sala de aula, uma vez que a realidade passa a estar inscrita em caracteres numéricos. Mas como? Ensinem-me que eu preciso mesmo de ajuda! E mais, parece-me que foi referido que o silêncio é inimigo da aprendizagem. Concordo na íntegra que uma aula tem de ser participada mas sem disciplina em sala de aula e sem silêncio não acredito que se consiga fazer quaisquer aprendizagens. Pensava eu que o silêncio corroborava com as aprendizagens e consequentes aquisições, pois é uma das regras que nós professores estabelecemos com os nossos alunos no arranque do ano letivo e fazemos questão de as fazer registar em caderno diário, logo no primeiro dia de aulas, para ficarem na mente de cada um sempre. Repito, ajudem-me pois gostaria de não perder o barco com todos vós e mui gostaria de que a minha voz e a concentração do meu saber continuassem a contribuir para a formação dos meus alunos. Será que ao ter estado nove anos afastada de toda a dinâmica da sala de aula, me fez mal!
Em segundo lugar saliento a intervenção do Professor Miguel Olivier Aubouy, também esta um pouco "revolucionária" para o meu ser e estar. Será? Acompanhei com alguma facilidade o que foi referido pelo interveniente, mas com a atual maneira de pensar e de agir sobre o nosso Sistema Educativo, como se pode concretizar neste os três desafios referidos pelo investigador. Ou seja, como ensinar com a curiosidade, com a criatividade e com a coragem?! Acabei neste preciso momento de redigir um documento para anexar à ata da reunião de um conselho de turma, que vou ter para a semana, a justificar o porquê do não cumprimento de um conteúdo programático. E já não estamos no tempo em que uma antiga ministra defendia que o docente deveria ser avaliado pelos resultados dos seus alunos. Não é verdade? Opinem, pois quero acompanhar-vos e continuar a ser uma transmissora de ideias, valores e conhecimentos. Termino com uma frase do orador Professor Carlos Fiolhais "Faça-se luz nas ESCOLAS! A luz une-nos e dar luz torna as mentes iluminadas". Até já.
Após o terminus do ano letivo e do trabalho inerente à supervisão/classificação das provas finais de Matemática do 2º ciclo, eis que tenho algum tempo para participar na conversa com todos vós. Não, não e não por preguicite mas somente por não ter tido disponibilidade para partilhar em algo que merece uma reflexão e alguma análise. Informo que pelo meio também participei num congresso em Peniche, no âmbito das Ciências Naturais, tendo usufruído de um passeio de um dia na ilha das Berlengas, com a consequente observação da fauna e flora desta. Também para esta formação precisei de elaborar um relatório. Pois bem, apresentadas as desculpas está na hora de começar.
De tudo o que me foi dado ouvir nos três dias do congresso, saliento duas intervenções que me fizeram refletir sobre a "Escola e o modo de Ensinar versus Educar", pois como profissional da educação não consigo dissociar o Ensino e a Educação A primeira diz respeito à conferência proferida pela Professora Mariana Valente sobre "Rede de Saber Modos de Ser", na qual foi dado relevo à Pedagogia Invertida e ao Conetivismo. Defendeu a nossa colega, por um lado que as aulas devem passar a ser inventivas, imaginativas e o professor deve colocar as suas competências disponíveis para quem as quer utilizar e por outro lado a nova teoria da aprendizagem deve estar toda virada para a era digital. Gostei muito de a ouvir e ainda bem que abordou esta temática, pois nunca é tarde para aprender. Mas ai!, como eu estou velha e já com dificuldade em acompanhar a ideia de que todo o trabalho que atualmente desenvolvo em sala de aula passa para casa e o de casa para a sala de aula, uma vez que a realidade passa a estar inscrita em caracteres numéricos. Mas como? Ensinem-me que eu preciso mesmo de ajuda! E mais, parece-me que foi referido que o silêncio é inimigo da aprendizagem. Concordo na íntegra que uma aula tem de ser participada mas sem disciplina em sala de aula e sem silêncio não acredito que se consiga fazer quaisquer aprendizagens. Pensava eu que o silêncio corroborava com as aprendizagens e consequentes aquisições, pois é uma das regras que nós professores estabelecemos com os nossos alunos no arranque do ano letivo e fazemos questão de as fazer registar em caderno diário, logo no primeiro dia de aulas, para ficarem na mente de cada um sempre. Repito, ajudem-me pois gostaria de não perder o barco com todos vós e mui gostaria de que a minha voz e a concentração do meu saber continuassem a contribuir para a formação dos meus alunos. Será que ao ter estado nove anos afastada de toda a dinâmica da sala de aula, me fez mal!
Em segundo lugar saliento a intervenção do Professor Miguel Olivier Aubouy, também esta um pouco "revolucionária" para o meu ser e estar. Será? Acompanhei com alguma facilidade o que foi referido pelo interveniente, mas com a atual maneira de pensar e de agir sobre o nosso Sistema Educativo, como se pode concretizar neste os três desafios referidos pelo investigador. Ou seja, como ensinar com a curiosidade, com a criatividade e com a coragem?! Acabei neste preciso momento de redigir um documento para anexar à ata da reunião de um conselho de turma, que vou ter para a semana, a justificar o porquê do não cumprimento de um conteúdo programático. E já não estamos no tempo em que uma antiga ministra defendia que o docente deveria ser avaliado pelos resultados dos seus alunos. Não é verdade? Opinem, pois quero acompanhar-vos e continuar a ser uma transmissora de ideias, valores e conhecimentos. Termino com uma frase do orador Professor Carlos Fiolhais "Faça-se luz nas ESCOLAS! A luz une-nos e dar luz torna as mentes iluminadas". Até já.
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